A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, anunciou que o país vai reforçar os controles de fronteira com o Brasil, especialmente na região de Misiones, onde é comum a entrada de pessoas a pé. Além disso, o governo argentina também anunciou a construção de um muro com a Bolívia, semelhante ao que os EUA querem construir na fronteira com o México.
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A cidade de Águas Blancas, na província de Salta, no norte da Argentina, vai construir um alambrado de 200 metros de extensão na fronteira com a Bolívia, em parceria com o governo de Javier Milei. O objetivo é conter travessias ilegais de pessoas e contrabando. A cerca terá 2,50 metros de altura e ficará no trajeto entre a aduana argentina e um terminal de ônibus.
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O Ministério das Relações Exteriores da Bolívia expressou “preocupação” com o anúncio da construção da cerca e afirmou que temas fronteiriços devem ser tratados por mecanismos de diálogo bilaterais. As autoridades bolivianas também disseram que qualquer medida unilateral pode afetar a boa vizinhança e a convivência pacífica entre povos irmãos.
A construção da cerca se insere no “Plano Güemes”, que o governo de Javier Milei lançou em dezembro do ano passado para “combater os crimes federais”. O plano inclui medidas para conter o tráfico de drogas na fronteira da província de Salta, no norte do país.
O rio Bermejo, que é a fronteira natural entre Argentina e Bolívia, está dentro da chamada “Rota da droga”, segundo o Ministério da Segurança argentino. Além disso, o rio também é usado por argentinos que compram produtos mais baratos na cidade boliviana de Bermejo e depois retornam à Argentina.
As autoridades argentinas afirmam que a entrada de mercadorias ilegais está afetando o tecido comercial de Orán e do norte argentino. Eles disseram que passam ares-condicionados, geladeiras de duas portas, eletrodomésticos de última geração, e que isso está rompendo o mercado local.
A construção da cerca e o reforço dos controles de fronteira podem afetar as relações bilaterais entre Argentina e Bolívia. É importante que os dois países encontrem uma solução para os problemas de fronteira que não afete a boa vizinhança e a convivência pacífica entre os povos.
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