O governo Trump retirou menções a termos como “gay”, “lésbica”, “LGBTQ”, “HIV” e “transgênero” dos sites federais desde segunda-feira (20), quando o presidente assinou uma ordem executiva que define oficialmente dois sexos — masculino e feminino — como “realidades incontestáveis”. O levantamento foi feito pela ONG GLAAD, que monitora a presença de temas LGBTQIA+ na mídia e nos governos.
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A ordem executiva, intitulada “Defendendo as mulheres do extremismo da ideologia de gênero e restaurando a verdade biológica ao governo federal”, proíbe o uso de recursos federais para iniciativas que promovam a “ideologia de gênero”. Com a mudança, documentos como passaportes passam a reconhecer apenas dois gêneros, afetando diretamente pessoas trans e não binárias.
No site oficial da Casa Branca, menções a termos LGBTQIA+ desapareceram, assim como links inclusivos em páginas de agências federais. Foram identificados 54 links removidos do WhiteHouse.gov e 12 em departamentos como Defesa e Estado. Segundo a GLAAD, a exclusão é semelhante ao que ocorreu durante o primeiro mandato de Trump.
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A ordem também desfaz políticas do governo Biden, que implementou o marcador de gênero “X” em passaportes para pessoas não binárias e intersexuais. A União Americana para Liberdades Civis (ACLU) criticou a medida, afirmando: “Exigir que os passaportes de pessoas transgênero mostrem o sexo atribuído no nascimento efetivamente as expõe como transgêneros sempre que precisam apresentar o documento”.
O decreto determina que os sexos sejam definidos na concepção, com base na produção de células reprodutivas. O texto também ordena a remoção de conteúdos e orientações que promovam visões consideradas contrárias à “verdade biológica”.
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